Destaques
Jornada de dermatologia
Aconteceu, no dia 07 de outubro de 2023, a Jornada de Dermatologia da Distrital Norte do Paraná. O Dr. Rafael Leszczynski teve orgulho em palestrar sobre o tema: Cirurgia Micrográfica de Mohs - Quando e porque indicar.
O tema é muito importante, uma vez que, quando indicada corretamente, a cirurgia micrográfica muitas vezes evita que o paciente passe por diversas cirurgias e que perca tecido saudável sem necessidade.
Câncer de pele - Quando suspeitar
Os tumores de pele podem se manifestar de diferentes maneiras. Existem 3 tipos principais de câncer de pele, e, cada um deles possui características específicas e sinais que quando observados demandam que o paciente procure um dermatologista.
Carcinoma Basocelular:
- Lesões que não cicatrizam, podendo ou não ulcerar e/ou sangrar eventualmente;
- Lesões levemente avermelhadas com aspecto de cicatriz;
- Lesões peroladas, pigmentadas e com pequenos vasos sanguíneos.
Carcinoma Espinocelular:
- Lesões similares a verrugas que crescem, podendo apresentar ulcerações;
- Lesões avermelhadas, por vezes com aspereza, descamação ou crostas associadas.
Melanoma:
- Lesões pigmentadas / “pintas” assimétricas ou que apresentem bordas irregulares;
- Lesões que mudaram de tonalidade ou apresentem mais de uma cor;
- Lesões pigmentadas com mais de 0,5 cm de diâmetro;
- Lesões pigmentadas que estejam apresentando mudanças de características.
Além que ter o hábito de observar com frequência suas pintas e lesões de pele, os indivíduos que possuem uma ou mais das características abaixo devem fazer visitas periódicas ao dermatologista:
- Pessoas de pele muito clara;
- Indivíduos que tenham sofrido alta exposição solar ao longo da vida;
- Pessoas com histórico familiar de câncer de pele;
- Aqueles que já tenham apresentado algum tumor de pele no passado.
Na dúvida é sempre indicado procurar um médico dermatologista, pois, independentemente do tipo do tumor de pele, o diagnóstico e tratamento precoces fazem toda a diferença no prognóstico do paciente.
Pós-operatório de Mohs: o que esperar
Uma pergunta frequente dos pacientes com indicação de cirurgia Micrográfica de Mohs é em relação ao pós-operatório. Mas na verdade, as restrições e repouso necessários dependem muito do tamanho do defeito cirúrgico e do tipo do seu fechamento.
Na grande maioria dos casos existem os seguintes tipos de fechamento:
1 - Fechamentos primários da ferida cirúrgica (realizados no mesmo ato cirúrgico, logo após a remoção completa do tumor):
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Fechamento primário por sutura simples (borda a borda): Na Cirurgia Micrográfica de Mohs ele ocorre geralmente quando a extensão e a localização da ferida cirúrgica permitem que ela seja fechada logo após a remoção do tumor, sem que seja necessário fazer um enxerto ou um retalho, mediante a aproximação e sutura das suas bordas;
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Retalho: Quando não é possível suturar as bordas da ferida cirúrgica diretamente, pode-se lançar mão do fechamento por retalho. Após a remoção do tumor, realiza-se um “movimento” da pele (às vezes também de músculo e/ou cartilagem) próxima à ferida cirúrgica, visando seu fechamento primário.
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Enxerto: Ocorre quando se faz necessário remover pele de outra área do corpo para o fechamento da ferida cirúrgica.
2 - Fechamento da ferida cirúrgica por segunda intenção: neste caso, a ferida resultante da remoção do tumor de pele não é fechada durante o ato cirúrgico. Ela é coberta com curativo e deixada para cicatrizar por si. Apesar de raramente optarmos por este tipo de abordagem, a ferida deixada para cicatrizar por segunda intenção, quando bem indicada, representa muitas vezes uma boa opção de conduta. Em alguns casos, pode ser fechada posteriormente em um outro tempo cirúrgico, com um enxerto de pele, por exemplo.
Em primeiro lugar, todos os pacientes submetidos à cirurgia devem estar preparados para a necessidade de repouso, em geral, por pelo menos duas semanas após o procedimento. O paciente não deve realizar esforços ou atividades físicas e seguir as recomendações dadas pelo médico. De preferência, o repouso nos primeiros dias deve ser domiciliar.
Após a retirada dos pontos, que costuma ocorrer entre 7 e 14 dias após o procedimento, em geral, o paciente já pode retornar às suas atividades, desde que evite grandes esforços.
O que eu posso fazer para melhorar minha recuperação:
Seguir corretamente as orientações do médico é fundamental para que o paciente tenha os melhores resultados pós procedimento.
Cada caso requer cuidados específicos, mas, de forma geral, as orientações incluem não fumar ou ingerir bebidas alcóolicas; fazer repouso até a remoção dos pontos; tomar as medicações receitadas pelo médico; manter a ferida cirúrgica limpa e seca e realizar as trocas de curativo conforme orientado pelo cirurgião.